António Egídio

1891-1977

Engenheiro electrotécnico, industrial e proprietário, nasceu na freguesia dos Prazeres, Calheta, Madeira, a 1 de Setembro de 1891, sendo filho de José Gomes Henriques de Araújo e de D. Maria Isabel Neves Farinha.
Cursou o Liceu do Funchal e depois seguiu para Lisboa, a fim de tirar o curso de engenharia electrotécnica, mas, em 1911, e por sugestão de um seu parente que havia regressado do estrangeiro, ao saber da sua ambição, aconselha-o que abandone a Universidade de Lisboa e se matricule numa Escola de Engenharia em Londres. Assim o fez, formando-se em 1915, com as mais altas classificações.
Como em 1916 Portugal tivesse entrado na Grande Guerra (1914-1918) ofereceu logo os seus préstimos e, como oficial miliciano, partiu para a França. Notado logo pelos seus superiores, as suas altas qualidades de técnico competente, foi imediatamente nomeado chefe dos oficiais do C.E.P. de Paris onde prestou relevantes serviços.
Terminada a guerra, em 1918, volta para Londres onde casou, pela primeira vez, com D. Phobe Janet Melvill, de nacionalidade escocesa, de quem teve três filhos, e a 2ª vez, depois de viúvo, já na Madeira, com D. Beatriz Malheiro, filha do Dr. João Maria Malheiro e de D. Eugénia Malheiro de quem houve dezassete filhos.
De regresso à sua terra natal foi professor provisório do Liceu e convidado para exercer as funções de engenheiro da Fábrica Leão, à qual deu um grande desenvolvimento. Foi sócio e gerente da Empresa de Cervejas da Madeira. Durante muitos anos foi vogal e vice-presidente da Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal. Nestas suas funções foi um grande colaborador do presidente de então, Dr. João Abel de Freitas. Foi vice-presidente da Comissão Distrital da Assistência e depois nomeado presidente por alvará do governador do Distrito. A posse deste novo cargo foi-lhe dada no Palácio de S. Lourenço a 20 de Outubro de 1961.
A sua descendência directa somos nós: sessenta e sete (67) netos.
Faleceu no Funchal no dia 27 de Dezembro de 1977.